Portos Santa Catarina: conheça a estrutura portuária do estado
Portos Santa Catarina: conheça a estrutura portuária do estado

Os portos de Santa Catarina são referência para o Brasil. Isso significa que há um impacto direto desses portos na logística e na economia brasileira, já que 70% dos produtos entram e saem do Brasil por via marítima.



Em uma faixa litorânea de 531 km, o estado de Santa Catarina apresenta uma das melhores estruturas portuárias do país, com cinco portos de significativa relevância local e nacional.


Muitas empresas optam pelos portos de Santa Catarina pelo posicionamento estratégico entre o sul e o sudeste, bem como devido aos incentivos fiscais recebidos. Um exemplo desses benefícios é o TTD 409, que garante vantagens como diferimento do ICMS, diferimento parcial na operação interna subsequente à importação e, por fim, crédito presumido.


Surgem, no entanto, dúvidas comuns sobre a estrutura desses portos, sobretudo para quem não conhece a realidade catarinense. Neste artigo, vamos mostrar em detalhes algumas das principais características dos portos de Santa Catarina.


A estrutura portuária de Santa Catarina


Os portos de Santa Catarina aparecem entre os melhores portos do Brasil, especialmente porque contam com excelentes infraestruturas e operam com praticamente todo tipo de carga.


Ao todo, são dois portos privados, ou seja, que não pertencem à União e, desde 2013, podem receber cargas de terceiros. Em contrapartida, os outros três portos são operados e mantidos com investimentos governamentais.


Conheça, a seguir, detalhes dos cinco principais portos do Estado:


Porto de Navegantes (Portonave)


O Porto de Navegantes é líder no mercado de contêineres. Na verdade, Navegantes é um terminal localizado dentro do porto organizado de Itajaí.


Segundo informações oficiais, neste porto se concentram 59% da movimentação de contêineres do estado. Talvez você tenha chegado até aqui à procura do “Portonave”. Pois, bem: Portonave é justamente o Porto de Navegantes.


Devido à proximidade com o porto de Itajaí, já que ambos estão no Complexo Portuário de Itajaí, é fundamental que as cargas que entram no canal estejam com o código de Portonave. Também é necessário que o navio atraque na margem correta (à esquerda).


A maioria das cargas que chegam à região vão para Navegantes, o que não prejudica em nada a logística terrestre após a descarga dos contêineres, pois o transporte rodoviário é comum aos dois portos do Complexo, além dos custos de deslocamento serem os mesmos.


Porto de Itajaí


Conectado ao Porto de Navegantes pela BR-470, o porto de Itajaí é o segundo maior do país em movimentação de contêineres, somando a movimentação dos terminais da APMT e da Portonave.


Para navios que chegam ao Complexo Portuário de Itajaí, o navio deve atracar na margem direita, além de apresentar o código específico de Itajaí. No caso de carga LCL, cabe ao NVOCC escolher o terminal para realizar a desova do contêiner (neste caso, entre Navegantes e Itajaí).


Porto de Itapoá


A autoridade portuária de Itapoá é a mesma de São Francisco do Sul, já que os dois portos estão posicionados na mesma baía. No entanto, o porto de São Francisco não recebe cargas em contêineres através de linhas regulares, o que torna Itapoá o único destino regular ao norte do estado a receber cargas do tipo.


A localização ao norte do estado e, portanto, mais próxima ao sudeste, é um diferencial que chama a atenção. Vale destacar, ainda, a proximidade com grandes cidades como Joinville e Curitiba.


Com relação ao atracar dos navios, é importante destacar a existência de um píer, que obriga os navios a desembarcar com maior distância da praia, justamente devido a características naturais do trecho litorâneo.


Porto de São Francisco do Sul


Entre os Portos de Santa Catarina, São Francisco do Sul é o principal no recebimento de grãos, soja e fertilizantes, além de material siderúrgico. Atualmente, não opera mais com cargas em contêineres, já que inexistem linhas regulares neste porto.


Porto de Imbituba


O porto de Imbituba facilita o atendimento do sul do estado de Santa Catarina e para o Rio Grande do Sul. São realizadas navegações de longo curso, ou seja, importações e exportações, além de cabotagem, que atende setores da agroindústria e agrominerais.


Atualmente, também é responsável por receber produtos derivados do petróleo utilizados para asfalto.



Fluxo portuário em Itajaí e Navegantes


O Complexo Portuário de Itajaí contém dois portos, o de Itajaí (BRITJ - concessão) e Navegantes (BRNVT - privado), controlados pela mesma autoridade portuária. Apesar da proximidade, para que as cargas consigam desembarcar nos portos, é preciso que tenham o código específico de onde o desembarque deve ocorrer.


Para desembarques no Porto de Itajaí, a embarcação deve seguir pela margem direita. Pela margem esquerda, no entanto, deve seguir aqueles navios cujo destino é o Porto de Navegantes.


A relação entre os portos de Itajaí e Navegantes tem uma certa semelhança com a relação entre os portos de Santos e Guarujá. Neste último caso, o desembarque é um ponto muito importante no planejamento logístico, já que as distâncias para o transporte rodoviário são grandes e alteram significativamente o preço.


No caso de Itajaí e Navegantes ocorre justamente o oposto: os custos de transporte rodoviário são iguais e, portanto, desembarcar em qualquer uma das margens não representa prejuízo ou gasto excessivo.


Vale a pena importar e exportar por Santa Catarina?


Já citamos algumas características estruturais dos Portos de Santa Catarina, bem como os incentivos fiscais que tornam o estado um dos mais viáveis para a realização de importação.


A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina divulgou dados que mostram que, em 2019, 6,5% de todo o comércio de mercadorias do Brasil ocorreu no estado, representando mais de 46 milhões de toneladas.


Tendo a disponibilidade de cinco portos, dos quais três suportam contêineres, a importação na modalidade de LCL aparece como vantajosa, sobretudo em situações onde o importador não conta com mercadorias suficientes para encher um contêiner inteiro.


Para realizar o embarque de importação através dos portos de Santa Catarina, o importador precisará de um agente de carga ou um NVOCC, pois este consegue reunir as mercadorias de diversos clientes em contêineres com origem e destino iguais.


Por isso é importante escolher um NVOCC que tenha uma estrutura consolidada nos portos do sul do país. A Allink é uma empresa que atua como NVOCC com uma estrutura completa para importação em Santa Catarina.



Conclusão


Neste artigo, conhecemos a estrutura portuária catarinense, não apenas no que diz respeito à infraestrutura, mas também geográfica e fiscal. Vimos, ainda, cada um dos cinco portos de Santa Catarina, com suas particularidades e suporte à importação e exportação de contêiner.


Por fim, exploramos o fluxo portuário de Itajaí e Navegantes, mostrando o funcionamento prático e cotidiano dos dois portos. Gostou do nosso artigo? Continue a se aprofundar e confira nosso material sobre como um NVOCC pode agilizar o processo de consolidação e embarque de cargas.


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