
A desova de contêiner é um processo fundamental no transporte marítimo que envolve a retirada cuidadosa dos produtos e cargas do interior do contêiner com atenção especial para garantir a integridade dos itens e a eficiência do serviço.
Neste artigo, vamos explorar a importância da desova de contêiner na modalidade LCL, entender como ela é realizada com mais detalhes e destacar por que é crucial contar com parceiros de confiança durante o processo de importação.
- O que é a desova de contêiner e por que ela é essencial no transporte marítimo?
- Como o processo de desova de contêiner é realizado?
- 7 variáveis que afetam o tempo e a eficiência da desova de contêiner
- Por que é importante dar atenção especial ao terminal de desova e como sua escolha pode afetar a importação?
- Quais empresas realizam a desova de contêiner na modalidade LCL
- Por que contar com parceiros de confiança no LCL?
- Desafios no processo de desova e como a Allink ajuda a minimizar impactos
Que tal mergulhar nesse assunto e compreender como a desova de contêiner é um fator-chave para o sucesso da importação? Boa leitura!
O que é a desova de contêiner e por que ela é essencial no transporte marítimo?
A desova de contêiner é o procedimento de retirada dos produtos e cargas do interior de um contêiner, e é essencial ser realizado de maneira adequada e sistemática.
Esse é o passo oposto à estufagem, que consiste em organizar e posicionar as cargas de forma cuidadosa e sistemática dentro do contêiner, visando a segurança durante o transporte.
A desova, portanto, requer atenção e cuidado, sendo necessário desfazer todos os procedimentos de arrumação realizados na estufagem.
Para isso, é necessário o uso de
equipamentos apropriados, como empilhadeiras e máquinas especializadas, que ajudam a otimizar o tempo e garantir a eficiência durante o processo.

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Qual a importância da correta desova na modalidade LCL?
Como vimos, a correta desova na modalidade LCL desempenha um papel fundamental para garantir o encerramento adequado do serviço de transporte marítimo.
Entenda alguns dos principais pontos com os quais esse processo contribui:
Cumprimento de exigências legais
Uma correta desova envolve o cumprimento de todas as exigências legais e regulatórias aplicáveis ao tipo de carga.
É importante estar em conformidade com as normas alfandegárias, sanitárias e quaisquer outras restrições específicas impostas pelas autoridades competentes.
Segurança da carga
Outro ponto que também torna a desova de contêiner importante é que esse processo contribui para a preservação da integridade da carga, evitando danos, extravios ou atrasos desnecessários.
Mitigação de custos adicionais
Quando a desova é feita corretamente, evita-se a necessidade de reprocessamento ou de ações corretivas que poderiam resultar em custos extras.
A agilidade e o cuidado na desova garantem um processo mais econômico e sem surpresas.
Transparência e comunicação
Por fim, a desova bem-feita também assegura que todos os envolvidos sejam constantemente atualizados sobre o andamento da liberação da carga.
A comunicação clara e eficaz diminui o risco de mal-entendidos e permite que todas as etapas sejam acompanhadas de perto, criando uma atmosfera de parceria entre as partes e facilitando a resolução de qualquer problema que possa surgir durante o processo.
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Como o processo de desova de contêiner é realizado?
Não existe um padrão fixo para o processo de desova de contêiner e isso ocorre devido à ampla variedade de materiais que podem ser transportados no LCL, o que resulta em requisitos variáveis em termos de equipamentos necessários para realizar a desova.
Isso tudo vai depender das particularidades de cada região e terminal, levando em consideração as regulamentações da Receita Federal.
É por isso que a correta desova na modalidade LCL requer um trabalho dedicado de análise das particularidades de cada carga transportada e exige um planejamento antecipado.
Em todos os casos, é preciso compreender as características da carga, como fragilidade, dimensões, pesos e quaisquer necessidades especiais, a fim de determinar os equipamentos adequados para a desova.

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Passo a passo do processo de desova de contêiner
Conheça a seguir quais são as principais etapas pelas quais uma carga passa no processo de desova:
Pedido de redestinação e desova
Antes da chegada do navio, o pedido de redestinação e desova é enviado ao terminal parceiro responsável, a fim de garantir que o processo seja realizado de maneira eficiente.
Atracação do navio no porto de destino
O navio chega ao porto de destino, e o contêiner é descarregado no terminal de atracação.
Redestinação do contêiner
Se necessário, o contêiner é redestinado via caminhão para o terminal alfandegado, onde ocorrerá a desova. Este processo pode variar dependendo da localização e da infraestrutura disponível em cada terminal.
Seleção para inspeção (se aplicável)
Caso o contêiner seja selecionado para vistoria pelos órgãos anuentes, ele é posicionado para a inspeção, o que pode incluir a verificação de conformidade fiscal, sanitária ou outras regulamentações pertinentes.

Vistoria do contêiner
Se o contêiner for selecionado para inspeção, ele passa por uma vistoria, onde as autoridades competentes (como a Receita Federal, MAPA, etc.) podem determinar exigências ou liberar o contêiner.
Liberação pelos órgãos anuentes
Após a vistoria e a resolução de qualquer exigência, os órgãos anuentes liberam o contêiner, permitindo a programação da desova.
Posicionamento para desova
O contêiner é posicionado para a desova em um local apropriado no terminal alfandegado, geralmente monitorado por câmeras de segurança da Receita Federal.
Abertura do contêiner
O lacre do contêiner é rompido e o contêiner é aberto, permitindo que a carga seja retirada.
Retirada e armazenamento da carga
A carga é cuidadosamente retirada do contêiner e armazenada no terminal.
A partir disso, a carga fica disponível para retirada pelo importador, ou, se for o caso de carga LCL, será desconsolidada (separada por remetente).
7 variáveis que afetam o tempo e a eficiência da desova de contêiner
Existem diversos fatores que podem impactar o tempo de desova de contêiner.
Entre eles, estão, principalmente, a documentação exigida para cada carga e se haverá a necessidade de o contêiner ser removido para o terminal em área secundária, por exemplo.
Conheça outros:
1. Tipo de carga: cargas perigosas, perecíveis ou com requisitos especiais exigem inspeções e cuidados adicionais, impactando o tempo de desova.
2. Necessidade de redestinação: se o contêiner precisar ser transferido para outro terminal (como um porto seco), isso adiciona tempo ao processo.
3. Vistoria e inspeções: a vistoria dos órgãos anuentes (como Receita Federal ou MAPA) pode prolongar a desova, dependendo da carga e das exigências fiscais.

4. Disponibilidade de infraestrutura no terminal: terminais com infraestrutura adequada e maior capacidade de movimentação de carga ajudam a acelerar a desova.
5. Documentação exigida: a documentação correta e completa (como HBL, Invoice, Packing List) é essencial para a liberação ágil da carga.
6. Tipo de transporte: o tipo de transporte (FCL ou LCL) pode afetar a complexidade da desova, sendo que o LCL envolve a desconsolidação das cargas, o que exige mais tempo.
7. Capacidade de agendamento no terminal: terminais que oferecem agendamentos mais flexíveis e eficiência operacional contribuem para uma desova mais rápida.
Tempo médio do processo de desova
O processo de desova de contêiner começa com a solicitação de desova, que deve ser feita ao terminal alfandegado com uma antecedência média de 48 horas antes da atracação do navio.
Esse prazo pode variar dependendo da localidade e dos procedimentos envolvidos, especialmente se houver a redestinação do contêiner para outro terminal. Quando isso acontece, a solicitação pode precisar ser feita com até uma semana de antecedência.
A redestinação ocorre somente quando necessário e é o que fará a transferência do contêiner da "zona primária" (o terminal de atracação) para uma "zona secundária", como um porto seco.
Esse processo é formalizado por meio da Declaração de Trânsito de Contêiner (DTC), que autoriza a movimentação do contêiner sob controle fiscal. Ou, caso o contêiner precise transitar entre jurisdições diferentes, será emitida uma Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA).
Após a chegada do contêiner ao terminal alfandegado, ele
pode ser selecionado para vistoria pelos órgãos anuentes, o que pode levar
24 a 48 horas para ser concluído.

Após a liberação da fiscalização, o contêiner será posicionado para desova, que geralmente ocorre em um local monitorado por câmeras de segurança, como exigido pela Receita Federal.
Após a liberação dos órgãos anuentes, a desova propriamente dita, ou seja, a abertura do contêiner e a retirada da carga, leva em média 48 a 72 horas para ser concluída.
Por que é importante dar atenção especial ao terminal de desova e como sua escolha pode afetar a importação?
É de extrema importância dar atenção especial ao terminal de desova na modalidade LCL.
Muitas vezes, os importadores priorizam apenas o valor do frete ao escolher um NVOCC e esquecem de olhar todos os intervenientes que compõem a escolha do prestador, como, por exemplo, o terminal que fará a desova.
Um aspecto crucial que um terminal deve oferecer é o compliance, ou seja, um compromisso especial com a segurança dos dados do cliente, bem como sua infraestrutura para suportar com excelência o processo de desova.
É fundamental ter a certeza de que o terminal escolhido tem a capacidade de garantir, além da segurança física da carga, também a segurança das informações relacionadas ao embarque.
Isso inclui proteção contra roubo de dados e outras ameaças cibernéticas, garantindo a confidencialidade e integridade das informações durante todo o processo de desova.
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Por fim, a segurança operacional também desempenha um papel crucial na escolha do terminal de desova. Isso inclui não apenas a estrutura física do terminal, mas também a forma como ele opera.
Por exemplo, é recomendado optar por terminais que ofereçam uma variedade de janelas de agendamento maiores. Isso permite uma programação mais flexível e evita atrasos para recebimento da carga na fábrica.
Em resumo, dar atenção especial ao terminal de desova de contêiner na modalidade LCL é fundamental para garantir uma operação segura, eficiente e livre de complicações.
Essa abordagem cuidadosa contribui para uma desova bem-sucedida e para o êxito geral do processo de importação.
Documentos imprescindíveis para que a desova de contêiner aconteça tranquilamente
A desova de um contêiner depende de documentos essenciais que devem ser apresentados de forma completa e correta, e que, dependendo do porto de destino e das características da carga, os documentos exigidos podem variar.
Por isso, a seguir separamos um apanhado de documentos mais solicitados nos principais portos do Brasil:

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Exemplos práticos de variação dos documentos exigidos e tempo de desova
Um exemplo dessa variação pode ser observado no Rio Grande do Sul, onde, ao atracar no ponto de descarga, o contêiner LCL é segregado em uma área específica e o terminal realiza a desova com cuidado e atenção, garantindo que a carga fique disponível para os importadores.
O próximo passo é a atuação do despachante, responsável pela liberação aduaneira.
Já em Itajaí, há uma particularidade adicional, em que o contêiner só pode ser aberto mediante autorização do Ministério da Agricultura.
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Com isso, fica nítido que é de suma importância selecionar um terminal adequado para a desova da carga, que ofereça segurança operacional, infraestrutura física adequada e preocupação com os aspectos legais, além de garantir a preservação dos dados do importador.
Essa escolha estratégica visa assegurar o cumprimento das exigências alfandegárias e demais regulamentações, bem como garantir a integridade da carga durante todo o processo de desova.
Quais empresas realizam a desova de contêiner na modalidade LCL
Na modalidade LCL, a desova de contêiner é um serviço realizado pelos terminais, podendo ser executado por mão de obra interna ou terceirizada. Em portos públicos, essa função é geralmente desempenhada por sindicatos.
Vale lembrar que no LCL a escolha do terminal de desova é de responsabilidade do consolidador (chamado também de NVOCC) daquele embarque, não havendo possibilidade de mudança de terminal por parte das empresas que possuem carga no contêiner.
Por que contar com parceiros de confiança no LCL?
Contar com parceiros de confiança na importação é de vital importância para garantir o sucesso e a eficiência do processo.
O foco não deve ser apenas no valor do frete, mas também na capacidade do NVOCC de viabilizar a desova em um terminal que ofereça armazenagem adequada, velocidade e conformidade burocrática.
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Ou seja, é preciso considerar a expertise da empresa, sua reputação no mercado e sua capacidade de oferecer soluções integradas que atendam às necessidades específicas de importação do cliente.
Como identificar bons parceiros para realizar a desova de contêineres?
Parceiros confiáveis possuem conhecimento sólido das regulamentações e dos processos alfandegários, além de terem relacionamentos estabelecidos com terminais de desova confiáveis.
Ao contar com parceiros de confiança na importação, os importadores podem esperar um serviço de qualidade, que prioriza a segurança da carga, a agilidade na desova e o cumprimento de todas as exigências legais.
Além disso, bons NVOCC’s possuem uma rede de operações bem estabelecida, o que resulta em maior eficiência e redução de riscos durante todo o processo de importação.
Desafios no processo de desova e como a Allink ajuda a minimizar impactos
A Allink é uma empresa especializada em soluções logísticas, incluindo o transporte de cargas LCL. Com nossa expertise e conhecimento do mercado, estamos preparados para levar a sua carga a terminais de desova confiáveis, garantindo uma importação eficiente para nossos clientes.
No processo de desova de contêiner, desafios como a vistoria por parte de órgãos podem gerar a retenção de cargas específicas, e, quando isso acontece, tomamos ações imediatas para garantir que as demais cargas sejam liberadas o mais rápido possível, mantendo os clientes informados a cada passo.
Não deixe a importação ao acaso, escolha parceiros de confiança que ofereçam soluções integradas e personalizadas para atender às suas necessidades.
Tudo que você viu nesse artigo sobre desova de contêiner
1. Qual é o prazo médio para a desova de um contêiner?
O prazo médio para a desova de um contêiner é de 24 a 48 horas após a chegada do navio no terminal de atracação. Contudo, o tempo pode variar dependendo de fatores como inspeções, documentos necessários e a localização do terminal.
2. O que pode atrasar o processo de desova?
Fatores como inspeções de segurança (como a vistoria do MAPA ou Receita Federal), problemas com a documentação, e a necessidade de redestinação do contêiner podem prolongar o tempo de desova.
3. Quais documentos são necessários para realizar a desova de um contêiner?
Os documentos mais comuns incluem o HBL (house bill of lading), invoice, packing list, e, no caso de cargas perigosas, a Ficha de Dados de Segurança (FDS) e a Ficha de Emergência (FE). Cada terminal pode exigir documentos adicionais.
4. O que é a redestinação e como isso afeta a desova?
A redestinação é o processo de mover o contêiner de um terminal para outro. Isso pode ocorrer, por exemplo, se o terminal de descarga não for o mesmo que o terminal onde a desova ocorrerá. A redestinação pode adicionar tempo ao processo de desova.
5. A desova de contêiner é sempre feita no terminal de atracação?
Não. Em alguns portos, o contêiner é removido do terminal de atracação e enviado para outro terminal alfandegado para ser desovado. A escolha do terminal de desova pode variar de acordo com o porto e o tipo de carga.
6. Como a escolha do terminal de desova impacta a importação?
A escolha de um terminal adequado é crucial para garantir eficiência, segurança operacional e conformidade com as regulamentações legais. Terminais bem estruturados e com processos ágeis ajudam a evitar atrasos no processo de desova.
7. O que fazer se a carga estiver sujeita a fiscalização durante o processo de desova?
Se uma carga for selecionada para fiscalização, isso pode afetar todas as mercadorias no contêiner. Em casos de exigências fiscais, a Allink trabalha para minimizar os impactos, permitindo a liberação das cargas não afetadas enquanto as demais aguardam a resolução.
8. Quais órgãos podem interferir no processo de desova de contêiner?
A desova pode ser impactada por diversos órgãos, como o MAPA (Ministério da Agricultura), ANVISA, IBAMA, e Receita Federal, especialmente se houver problemas com a carga, como pragas ou documentos irregulares.
9. Qual é o impacto de uma inspeção fitossanitária na desova?
A inspeção fitossanitária, realizada principalmente pelo MAPA, pode causar atrasos caso haja irregularidades com a carga, como pragas ou não conformidade com as normas de transporte de madeira.
10. Como posso garantir uma desova eficiente para minha carga?
Para garantir uma desova eficiente, é fundamental escolher parceiros confiáveis, fornecer toda a documentação corretamente e escolher terminais com boa infraestrutura e processos bem definidos.
11. A Allink pode ajudar a acelerar o processo de desova?
Sim! A Allink trabalha de perto com parceiros de confiança, garantindo a escolha do terminal certo, acompanhando toda a documentação e mantendo os clientes informados para evitar qualquer atraso no processo de desova.
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